Na sessão da Câmara Municipal de Flores da Cunha desta segunda, dia 24, não houve ordem do dia. A sessão contou apenas com a publicação das indicações, além do pequeno e grande expediente.
O vereador Vitorio Dalcero (MDB) abordou a moderação na política. O parlamentar lembrou da ideia do filósofo e político francês Montesquieu que defendia que os seres humanos se acomodavam melhor no meio do que nos extremos. Por outro lado, o vereador confirma que a humanidade seguiu a linha vislumbrada por George Washington, que via uma crescente divisão da civilização em partidos e facções. Para Dalcero vivemos uma época de exageros e intransigências ideológicas em que ser moderado se tornou um ato de coragem para quem assim se posiciona.
O vereador Luiz André de Oliveira (Republicanos) trouxe à pauta da mortandade das abelhas, divulgada em reportagem do jornal O Florense da última sexta, que destaca 10 casos registrados neste ano. O vereador conversou com Nestor Mascarello, apicultor há 50 anos na comunidade de Sete de Setembro, que perdeu oito enxames de abelha e trabalha na área há 50 anos. Luizão também ouviu o apicultor da comunidade da Restinga, Oscar Giotti, que teve uma redução de 26 para sete caixas de enxame. O republicano destacou que talvez falte informação aos agricultores sobre os defensivos agrícolas que podem prejudicar.
A vereadora Silvana De Carli (Progressistas) refletiu sobre a doação de órgãos. Silvana apresentou que no Brasil são realizados seis mil transplantes de rins por ano. No Rio Grande do Sul, a fila de espera é de 2544 pessoas. A parlamentar frisou que, em média, 40% das notificações de mortes encefálicas não são aproveitadas para transplantes no estado por falta de autorização familiar. A doação de órgãos, de acordo com a legislação brasileira, depende da autorização de familiares de primeiro grau ou cônjuges. Desta forma, basta que o doador deixe a família informada sobre sua intenção.