Na sessão desta segunda-feira, 29, o vereador Éverton Scarmin (PMDB), utilizou a tribuna para falar sobre vários assuntos. O primeiro deles diz respeito ao seu Projeto de Lei nº 034/2017, que institui o uso da mensagem escrita: "Flores da Cunha, maior produtor de uvas e vinhos do Brasil", na divulgação de atos e eventos realizados pelos órgãos do Poder Público do município de Flores da Cunha, o qual detém esse título desde 1994. Cabe mencionar que essa lei foi criada em 2001, pelo então vereador, Valdir Franceschet. Considerando que, segundo dados apresentados em abril, pela Embrapa Uva e Vinho de Bento Gonçalves, por meio do Cadastro Vitícola do Rio Grande do Sul, Flores da Cunha passou a ser, também, a maior produtora de uvas do Brasil, com 1.479 propriedades que cultivam uvas. Conforme matéria divulgada no Jornal O Florense, no mês de abril, a expansão da viticultura em Flores da Cunha era de 3,2 mil hectares em 1995, chegando a 4,9 mil hectares em 2015 - o ápice do plantio de uvas foi em 2013, com mais de 5 mil hectares cultivados. Em 2017, a previsão é ultrapassar os 100 milhões de quilos.
Outro assunto abordado pelo edil foi a segurança pública e as leis que favorecem bandidos, como o caso de Susane Von Rischthofen, acusada de ter arquitetado a morte dos pais, mas a legislação brasileira permite que ela saia da cadeia nos dias dos pais e mães. Outro caso, no Rio de Janeiro, onde os menores infratores cometem tantos crimes que as prisões estão superlotadas. Como solução, os promotores da tutela coletiva fizeram um acordo com o Estado, agora o menor só vai preso se cometer um crime grave como assassinato ou estupro. “É quase um sistema de milhagem, não basta cometer crimes, ele tem que acumular pontos”, pontua o vereador.
Outro fato comentado pelo vereador foi a rebelião em um presídio, onde os presos decapitaram outros colegas de cela e fizeram churrasco com carne humana. O STF libertou o Goleiro Bruno, porque o próprio judiciário estava demorando demais para julgar os recursos da defesa do goleiro. O mesmo órgão decidiu que roubo de celular só é crime, se for cometido com violência, se for sem violência, o bandido está livre para roubar, bem como a Bolsa Penitenciário, se o preso for contribuinte do INSS, quando ele estiver preso ele tem direito de receber uma pensão de R$1 mil. Isso quer dizer que a família que perdeu um dos seus familiares assassinado, está ajudando com seus impostos a sustentar a família do assassino. “O criminoso nunca é vítima, o criminoso é o autor do Crime”, enfatiza Scarmin.
O vereador falou sobre as delações premiadas dos corruptos que ficaram bilionários com o dinheiro público, bem como propinas depositadas em bancos estrangeiros para ex-presidentes e líderes políticos. Como o caso de um homem que tinha um pequeno matadouro de gado no estado de Goiás, no qual abatia 3 cabeças de gado por dia, até o ano de 2003. Em dez anos se torna o maior empresário do ramo de proteína animal do mundo, é multimilionário, compra empresas pelo mundo afora, mora em um apartamento em um dos endereços mais caros do mundo, fez dividas gigantescas com o BNDES, que provavelmente nunca irá pagar. Diante dos casos, o vereador questiona como explicar ao policial que está zelando pela nossa segurança, que teve seus salários atrasados por muitos meses, às professora que tem um dever de ensinar e também teve seus ganhos parcelados.
Ainda para Scarmin, o Brasil foi corrompido há anos, pois as grandes sociedades modernas foram construídas em cima de catástrofes, nos Estados Unidos a guerra devastou todo o país, a Europa foi atingida pelas desgraças da primeira e segunda guerra mundial. “Será que o que está acontecendo hoje no Brasil é a catástrofe que vai mudar o país, ou será que temos estoques infinito de ‘Wesleys’. Esperando nos corredores da capital federal para encontros com malas de dinheiro, com história que envergonham nossos pais, avós e nosso filhos, somos um país viável ou somos um grande negócio de um frigorífico e de uma construtora”. Conclui Scarmin ao referir-se a Wesley Batista, empresário brasileiro, o terceiro dos filhos do patriarca José Batista Sobrinho, fundador do grupo JBS. Em maio de 2017, causou um abalo político do qual atingiu grandes líderes do Congresso e do executivo como Aécio Neves e Michel Temer, além dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef, ao fazer uma delação premiada que escancarou informações privilegiadas de corrupção envolvendo os principais líderes políticos brasileiros.
Fonte: Assessoria de Comunicação