Na sessão desta segunda-feira, 31 de julho, o Vereador João Paulo Tonin Carpeggiani (PMDB) abordou a questão da insegurança pública. Questão que está cada vez mais tomando conta do cotidiano das pessoas, sejam elas moradoras das cidades ou do interior. Carpeggiani mostrou-se preocupado com os vários crimes ocorridos no município nas últimas semanas. Onde somente entre os dias primeiro e 26 de julho deste ano, foram furtados ou roubados 14 veículos no município. Uma média de um veículo roubado a cada dois dias. A situação é desanimadora também em relação aos furtos em comércios e residências, isso sem contar os crimes com armas brancas, onde muitas pessoas são abordadas repentinamente por indivíduos em vias e espaços públicos.
De acordo com o vereador, a população cobra diariamente ações para a qualificação da segurança pública. O comércio se reúne constantemente para discutir esse problema e, da mesma forma, cobra ações do poder público acerca dessa situação. As entidades representativas de Flores da Cunha também buscam contribuir para a discussão deste problema. Exemplo disto, o Centro Empresarial, nos anos de 2012 e 2013 procurou identificar através de uma pesquisa ampla com a participação de 512 empresas associadas quais as principais demandas do empresariado em relação a investimentos por parte do poder público. Em primeiro lugar, com 51,2% aparece justamente a Segurança Pública, bem à frente de Saúde e Educação que ocupam o segundo e terceiro lugar na pesquisa, com 17,6% e 17% respectivamente. Resumidamente, 5 em cada 10 empresários vem a segurança pública como prioridade. Diante dos índices, o edil questiona o que o Município deve fazer para sanar este problemas, uma vez que toda a sociedade civil entende que se deve alocar mais recursos para a segurança pública, mesmo esta não sendo uma responsabilidade da esfera municipal. “Acredito que não possamos recorrer à solução simplista de repassar o problema às outras esferas de governo. Se existe algo que possa ser feito a nível municipal acredito que seja dever desta Casa cobrar ações do Executivo que amenizem este problema e que tragam novamente a sensação de segurança aos nossos munícipes”, enfatiza Carpeggiani.
O vereador falou sobre a vinda de novos policias militares ao município, visto que no mês de julho houve a formação de mais de 1000 policiais. No entanto, o novo efetivo ficará seis meses em período de estágio nos grandes centros, para posteriormente serem direcionados aos municípios interioranos. Outra questão foi o esforço de todos os poderes em relação à permanência do Corpo de Bombeiros de Flores da Cunha. Para Carpeggiani a aprovação do Projeto de Lei Complementar nº 007/2017, que possibilita a criação da Guarda de Trânsito também é outro ponto que ajudará no policiamento ostensivo em todo o território do município. Vindo ao encontro da questão segurança pública, o edil reportou-se ao projeto de sua autoria que propõe o Plano Municipal de Segurança Pública para nosso município. Este plano é uma ideia inicial que se apoia em cinco eixos de atuação:
1. Elaboração de um Plano Diretor para a iluminação pública;
2. Combater os indicadores de criminalidade;
3. Propor políticas públicas preventivas para a segurança;
4. Criar o Gabinete Municipal de Gestão Integrada com a participação dos agentes da sociedade civil;
5. E por fim, estabelecer o Fundo Municipal de Segurança Pública, com o intuito de financiar as ações deste plano.
Após o avaliação do Poder Executivo, o vereador pretende abrir o espaço para manifestações das entidades representativas do município. “Com a criação do plano teríamos planejamento, gestão, prevenção e ação para as questões referentes à segurança pública”, destaca o Vereador.
O edil manifestou-se totalmente favorável ao cercamento eletrônico em todo o município, uma vez que esta ação coibirá atos criminosos tanto na cidade como no interior. Entretanto, a questão não é só a geração de imagens, mas sim do monitoramento delas. Por isso, o vereador acredita que seja fundamental a criação de uma central de monitoramento, bem como a ampliação do número de câmeras para a interligação das imagens com a Secretaria de Segurança Pública. Ainda para o edil, o cercamento eletrônico irá monitorar as questões relativas ao IPVA, já que metade dos recursos obtidos com o imposto fica para o Município.
Contudo, o vereador acredita que a vigilância é uma ação preventiva, e é de fundamental importância que, uma vez em funcionamento, seja amplamente divulgada pelos meios de comunicação. Carpeggiani destaca que todas essa iniciativas são onerosas e dependem de recursos para a sua viabilidade. O executivo recentemente divulgou sua intenção em por em prática estas ações de aprimoramento da segurança pública caso a Lei Complementar nº 008/2017, que tramita no Poder Legislativo seja aprovada. Diante do fato, o vereador, presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final propôs a realização de uma audiência pública, a fim de avaliar com a comunidade e entidades representativas do município as melhores alternativas referentes à segurança pública.
Fonte: Assessoria de Comunicação
