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11/08/2020

Vereador destaca que setores moveleiro e do vinho começam a reagir.

Setores que foram afetados, em função da pandemia, começam a ganhar força.

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Na sessão desta segunda-feira, 10 de agosto, o Vereador Clodomir José Rigo (Progressistas), falou sobre as dificuldades do setor moveleiro e do vinho no início da pandemia até as adaptações para as vendas nesse período que já aponta um aumento considerável nos dois setores. Rigo também solicitou informações ao Poder Executivo sobre o projeto aprovado em 2019, que autorizava a Prefeitura a fazer a permuta de um terreno público em troca da construção de um pavilhão no parque de eventos Antônio Dante Oliboni.

 

Assista pelo You Tube: https://youtu.be/oRh7Hj1znEg (25:05 até 42:40)

 
 

Pronunciamento na íntegra:

 

A economia de Flores da Cunha, por vários anos, teve destaque com a fabricação de móveis, nos mais diversos segmentos, cozinhas dormitórios, escritório, modulados, sob encomenda, etc... Por vários anos, nossas empresas de móveis, eram responsáveis por grande parte dos empregos no município, mas hoje devido a diversificação de empresas instaladas aqui, este cenário está mudando, atingindo outros setores produtivos... como metalúrgico, serviços, e principalmente, bebidas.

Nos últimos anos, a produção de uvas e fabricação de vinhos, sucos, espumantes, entre outras bebidas, mudou radicalmente este setor, tornando-o o mais competitivo e rentável para a nossa extensa área de agricultura, colocando o município como o maior produtor de uvas e fabricante de vinhos do país.

Devido a pandemia, estes dois setores tiveram resultados bem diferentes. O setor de móveis, enfraquecido pelo distanciamento social, redução do quadro de funcionários, alta do dólar, comércio nacional fechado, exportações suspensas... enfim, vários fatores fizeram com que o setor obtivesse grande perda na sua produção e consequentemente o poder de manter suas estruturas funcionando, mantendo seus empregos...

Com o retorno gradual das atividades, após um período de quarentena com indústrias fechadas e equipes reduzidas, o setor moveleiro gaúcho começa a mostrar reação. Os dados estão no relatório ‘Conjuntura e comércio externo do setor de móveis no Brasil,’ com dados de maio e junho, encomendado pela Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs).

A produção de móveis no Rio Grande do Sul foi de 3,8 milhões de peças em maio, o que representou um aumento de 42,1% em relação ao mês anterior. No acumulado no ano, comparado com o mesmo período do ano anterior, a produção moveleira no Estado teve queda de 29,1%.

 Exportações

Tanto em maio quanto em junho, as exportações apresentaram reação. Enquanto em maio foi registrada alta de 27,6%, somando US$ 9,7 milhões, em junho aumentaram 18,6%, somando US$ 11,5 milhões. Com isso, o saldo da balança comercial em junho ficou positivo em US$ 11,2 milhões.

Em junho, os Estados Unidos lideraram como país destino das exportações de móveis do Rio Grande do Sul com 29,1% dos valores, seguido pelo Uruguai com 20,8% e Chile, com 12,0%. O destaque também ficou para o crescimento expressivo das exportações para o Paraguai e Uruguai em junho de 2020 em relação ao mês anterior.

O diretor presidente da Móveis Videira, Rogério Dalla Costa, também enfatiza que a pandemia, para o setor moveleiro, num primeiro momento, trouxe muitas incertezas, mas quem trabalha com e-commerce não sentiu tanto visto que a campanha #fiqueemcasa fez com que as pessoas voltassem seu olhar para dentro de casa. “Junho e julho foram meses exponenciais e esse crescimento aconteceu devido à pandemia. Automaticamente, o setor está colhendo algo fantástico, porém todos os extremos não são bons, visto que geram dúvidas e preocupações. No momento, estamos vendo a cadeia de fornecimento de matéria-prima bastante problemática e aumentos que terão que ser repassados ao consumidor. As exportações também registraram alta, embora voltado para o e-commerce. O que vislumbramos é uma perspectiva positiva de crescimento de demanda, porém poderá ser limitada em função da oferta de matéria-prima, gerando dificuldade para as empresas. A expectativa é positiva, de crescimento, apesar de não sabermos se haverá novas quedas, especialmente por essa questão de matéria-prima. No entanto, precisamos enfrentar com otimismo, acreditar na nossa capacidade de reinvenção e encontrar alternativas”.

 Como Brasil se tornou um dos poucos mercados prósperos para vinho em 2020

O fechamento de bares e restaurantes, a proibição de grandes eventos como festas e casamentos e a interrupção do turismo por alguns meses por conta da pandemia de Covid-19 atingiu em cheio o comércio mundial de vinho. Em todo o mundo, a previsão é de que a demanda pela bebida caia 10,5% neste ano, apesar da reabertura gradativa em muitos países da Ásia e Europa. O Brasil, porém, parece ser a grande exceção à tendência. Com um mercado que prospera nos últimos anos, o país atingiu um crescimento de 27,8% no volume de vinho comercializado no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Ideal Consulting. O aumento foi de 39% no vinho de mesa e 50% no vinho fino.

Em média, cada brasileiro consumiu 2,81 litros da bebida entre abril e junho (justamente o período mais restritivo da quarentena), um aumento de 72% em relação ao mesmo trimestre de 2019 e um recorde na história da indústria nacional.

“O mercado é menos dependente de restaurantes no Brasil do que na Europa e em outros países e mais de 75% da comercialização acontece no supermercado, que continuou aberto”, explica Felipe Galtaroça, CEO da Ideal Consulting, que elegeu o vinho como a bebida do brasileiro durante a pandemia mais pessoas buscaram o prazer da gastronomia mais refinada e em família, que combina muito com vinho”, explica ainda o consultor.

Segundo Galtaroça, o vinho preferido dos brasileiros é o rosé, seguido pelo branco. “O brasileiro tem um paladar mais adocicado e esses vinhos combinam com o clima”.

As vendas por e-commerce também observaram um crescimento significativo, não só no Brasil como em todo o mundo. Neste semestre as vendas pela internet representaram 12% do mercado brasileiro.

“Com mais tempo em casa, muitas pessoas também passaram a buscar lives, cursos on-line e até a encomendar degustações, o que movimenta o setor”, diz a presidente da Organização Internacional do Vinho (OIV), a brasileira Regina Vanderlinde. “Esperamos que o vinho seja mais incorporado à cultura brasileira no pós-pandemia”.


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