Na noite desta segunda-feira, 09 de julho, o Vereador João Paulo Tonin Carpeggiani (MDB) falou sobre o seminário realizado pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), instituição que está auxiliando na revisão dos Planos Diretores e Planos de Mobilidade Urbana de 15 municípios da região, incluindo Flores da Cunha. O encontro abordou as diretrizes que nortearão o planejamento dos municípios da região para o futuro a curto, médio e longo prazo, considerando o modelo de cidade desejado pelos seus habitantes.
Baseado no Estatuto das Cidades, os Poderes Legislativos municipais puderam ter acesso a uma série de temas que foram utilizados na elaboração das revisões dos planos diretores, dentre as quais, sete itens foram ponderados para o desenvolvimento do estudo.
Urbanismo: Foi verificado que dos 15 municípios analisados, Flores da Cunha é o segundo mais populoso (somente perde por Garibaldi), possui uma taxa de urbanização de 80% (ou seja, 80% da população vive em áreas urbanas e somente 20% da população vive nas áreas rurais do nosso município) além de apresentar uma taxa média de crescimento anual próximo dos 2% (significa que a cada ano cerca de 600 pessoas se estabelecem ou nascem no município).
Finanças Municipais: Flores da Cunha é um dos municípios com menor despesa por habitante e também com um dos maiores investimentos por habitante da região. Em números, cada habitante custa aos cofres públicos R$ 1.590,28 por ano (abaixo da média geral). Já o município consegue investir diretamente R$ 387,22 por ano em cada habitante, o melhor índice de todos os municípios equivalentes da região. Outro dado interessante é que Flores da Cunha é o município que mais arrecadada ITBI (Imposto sobre Transferência de Bens Imóveis) proporcionalmente ao total de suas receitas na região, porém é um dos que menos arrecada com IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) em relação ao total da receita. Também causa surpresa saber que o município arrecada mais IPVA do que IPTU anualmente (sendo que somente 50% das receitas do IPVA ficam nos cofres municipais).
Patrimônio Cultural: a importância da preservação do legado imigrantista italiano, com a manutenção do patrimônio cultural do município.
Turismo: Reconhecer o Turismo como atividade e oportunidade econômica e de cidadania.
Economia Local: As diretrizes econômicas do município devem estar gravadas no Plano Diretor Municipal. Mesmo que elas não se concretizem no intervalo de tempo de dez anos, lá deverá constar a matriz econômica que o município almeja, como o desenvolvimento estratégico das agroindústrias e atividades ligadas à inovação.
Meio Ambiente: promover a sustentabilidade dos recursos.
Mobilidade Urbana: diz respeito à integração do planejamento de transportes com o planejamento urbano, com a priorização do pedestre, do ciclista e do usuário de transporte público acima do usuário do veículo motorizado.
Fonte: Assessoria de Comunicação