Na sessão desta segunda-feira (01/10), o Vereador João Paulo Tonin Carpeggiani (MDB) utilizou a tribuna para falar sobre a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal, que será apresentada no próximo dia 09 de outubro, pela Secretaria Municipal de Planejamento em parceria com a Universidade de Caxias do Sul (UCS), no Espaço Cultural São José.
Carpeggiani solicitou a participação da comunidade nesta apresentação, visto que o Plano Diretor estabelece as diretrizes para a ocupação urbana e rural do município, o uso do solo e das atividades econômicas que serão desenvolvidas para os próximos 10 anos. Nesta oportunidade, serão apresentados os pontos de destaque que serão objeto de modificação no Plano Diretor, contemplando muitas das sugestões feitas pela comunidade ao longo dos últimos meses, a fim de qualificar e atender as demandas dos munícipes.
Na oportunidade, o vereador manifestou-se sobre as eleições do próximo dia 07 de outubro. “Até agora não havia me manifestado oficialmente sobre o pleito nacional, uma vez que vivemos em tempos cada vez mais intolerantes, mas provocado pelo Jornal O Florense na edição desta semana, abri meu voto para presidente. E assim o fiz, pois acredito que enquanto agentes políticos e representantes de nossa comunidade, devemos tomar uma posição acerca dos rumos de nossa nação, e manifestar nossa posição política neste pleito.
Portanto, minha intenção aqui não é fazer palanque para nenhum candidato, nem defender candidato de minha sigla, tampouco tomar partido de lado A ou lado B. Entre o branco e o preto, existe uma paleta de cinzas, a exemplo da diversidade de candidatos que se apresentam nesta eleição. Assim, gostaria apenas de compartilhar com todos vocês colegas vereadores e nossa comunidade, sobre o que penso acerca de nossa eleição presidencial.
Creio que as questões que hoje ocupam palco na internet e nos meios de comunicações e rendem acaloradas discussões, são secundárias e não refletem a realidade de nossos problemas. Ideologia de gênero, machismo, racismo, feminismo... Sem dúvida são pontos que merecem consideração por parte de toda a nossa sociedade, mas seriam elas a causa e consequência dos graves problemas que nosso país enfrenta? Ou ainda, seriam elas o resultado de uma polarização partidária de enfrentamento entre o “nós e eles”, contribuindo ainda mais para a segmentação do eleitorado brasileiro?
Penso que a politização destas questões não é benéfica para o processo eleitoral. Somente fomenta ataques e deixa planos de governo e propostas em segundo plano, o que deveria ser a prioridade de todos os candidatos: explanar ao eleitor o que pretende fazer para consertar o nosso país.
País este que tem vários problemas estruturais e que carece de cuidados. Estamos na UTI! A dívida pública aumenta exponencialmente, vivemos a maior recessão econômica de nossa história, o preço do combustível está nas alturas e vivenciamos uma crise moral e ética sem precedentes, só para citar alguns dos nossos “problemas”.
Não quero um presidente que me diga que tenho que respeitar o meu semelhante pela sua orientação sexual. Aprendi estes valores de meus pais e fui educado nas escolas em que frequentei. Quero um presidente que se preocupe com a insegurança que se alastra por todos os cantos, onde somos cada vez mais impotentes e vítimas de um sistema falido e incapaz de proteger um cidadão de bem.
Quero um presidente que me apresente uma solução para a crise econômica, que me devolva o poder de compra que tinha há tempos atrás. Não quero um presidente que continue brincando de ser empresário, administrando exploração de petróleo, instituições financeiras, entrega de cartas, e sequer consegue prover um atendimento digno na saúde e na educação de seu povo. Quero um presidente que centre a atuação do Estado em funções essenciais para todos nós, que priorize a educação básica e aproxime o ensino técnico e profissionalizante para todos os brasileiros! Por fim quero um presidente que patrocine as reformas que este país tanto necessita (política, tributária, previdenciária e moral), que cerce os privilégios de políticos, acabe com a vergonha chamada fundo partidário. O brasileiro não precisa de um Estado grande porque é pobre. Ele é pobre justamente por ter um Estado Grande.
Este é o Brasil que eu quero para o futuro. Um presidente que devolva o Brasil aos brasileiros. Penso que não custa sonhar. É questão de acreditar! Muito obrigado a todos pela atenção!”, conclui Carpeggiani.
Fonte: Assessoria de Comunicação