Na sessão desta segunda-feira, 14 de agosto, o Vereador César Ulian (PP), utilizou a tribuna para falar de sua Indicação nº 223/2017, que indica ao Prefeito Municipal o envio de um projeto de lei para a criação de um Cadastro Único de Doadores de Sangue no município. Ulian apresentou um modelo de cadastro que pode ser utilizado a fim de incentivar a doação pelos munícipes, uma vez que atualmente, 1,8% da população brasileira doa sangue. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de que pelo menos 1% da população seja doadora de sangue, o Ministério da Saúde trabalha constantemente para aumentar o índice.
Ulian reforça a criação do cadastro, um vez que não há substituto para o sangue, que pode ser utilizado para diversas finalidades, como tratamento de pessoas com doenças crônicas, alguns tipos de câncer, transplante, cirurgias eletivas de grande porte, acidentes ou outras situações que necessitam de transfusão. “Neste exato momento, há alguém precisando de sangue. É provável que você não saiba quem é, não saiba seu nome, nem onde mora. Como não há substituto ao sangue, o doador é considerado a peça-chave do processo, a força motriz da engrenagem que move os bancos de sangue do mundo todo. Aí está a importância de ser doador”, destaca o vereador.
Ulian salienta ainda que com a criação de um cadastro único de doadores de sangue no município, as pessoas que necessitam de sangue para seus familiares não precisariam recorrer a vários contatos, poderiam simplesmente solicitar à Secretaria da Saúde que entrasse em contato com os doadores de sangue já cadastrados na secretaria, pois uma bolsa de sangue coletado, é possível ajudar a salvar quatro vidas. O edil acredita que o Município poderá realizar campanhas de doação de sangue, em cumprimento à Lei nº 3.266, de 02 de agosto de 2016, que institui o Dia da Conscientização da Doação de Sangue no município de Flores da Cunha, a fim de incentivar as pessoas a praticarem este ato de solidariedade de forma constante e não apenas quando há algum familiar ou conhecido que necessite.
Segundo dados apresentados pelo vereador, no Brasil as doações de sangue deveriam chegar a 6 milhões por ano para que os hemocentros trabalhassem com estoques aceitáveis. Hoje, os estoques não chegam a ficar zerados, mas os hemocentros trabalham sempre no limite.
Em alguns momentos do ano, como feriados prolongados e férias escolares, a situação pode ficar ainda mais complicada, pois é comum acontecer uma redução no estoque de sangue dos hemocentros de todo o País.
No inverno, por exemplo, o número de doações chega a cair mais de 20%, porque aumentam os casos de gripes e resfriados, que são impedimentos temporários para doar. Isso pode ser ainda pior em regiões onde há menos doadores, como no Norte do País, onde há grande incidência de malária e hepatite, que são doenças transmissíveis pelo sangue e que impedem a pessoa de doar.
Em momentos de crise, os hemocentros trabalham rapidamente para conseguir mais doações e evitar que os estoques fiquem em níveis críticos. Porém, essas campanhas servem apenas para situações emergenciais e não têm um resultado significante a longo prazo.“Penso que não adianta apenas fazer campanhas em momentos de desespero, quando os estoques estão baixos. As políticas públicas têm que começar na escola, por exemplo, para que a doação se torne algo inserido na cultura da sociedade”, finaliza Ulian.
Fonte: Assessoria de Comunicação