Na sessão desta segunda-feira, 23, o Vereador João Paulo Tonin Carpeggiani (PMDB) utilizou a tribuna para falar o trânsito. Vindo ao encontro do assunto, Carpeggiani trouxe dados do Município, onde em 1990 o município possuía 18 mil habitantes. Em 2017, a população florense aumentou 40%, junto com esses fatores cresceram a demanda por serviços públicos de qualidade, como saúde e educação, que somadas, representam mais de 40% do orçamento municipal projetado para o corrente ano, segundo projeção da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Para o edil, este crescimento populacional gerou um adensamento da área urbana, principalmente em virtude dos edifícios que estão em plena expansão. Junto a isto, a maioria dos serviços públicos, comércio e serviços encontram-se majoritariamente alocados na área central da cidade, desenvolvidos ao longo de algumas poucas vias. Com esses fatores cresceu a concentração de veículos. De acordo com o Detran, Flores da Cunha possui cerca de 15 mil veículos registrados, ou seja, um veículo para cada duas pessoas, o dobro da média nacional, que é de um veículo para cada quatro pessoas.
Diante do exposto, Carpeggiani acredita que para desafogar o fluxo de veículos na área central será preciso investir em vias secundárias, principalmente para avenida 25 de Julho. Outro fator ponderado pelo edil é a elaboração de um Plano de Mobilidade Urbana. Este plano é o instrumento de planejamento e gestão da mobilidade de um município. Ele trata de pensar, desenvolver e propor diretrizes para organizar o tráfego nas cidades, envolvendo a locomoção das pessoas e dos veículos, readequando o sistema viário existente e prospectando também as macroestruturas de interligação entre os municípios e as regiões, além de integrar planos de outras políticas temáticas e que têm relação com a mobilidade urbana, como o uso do solo, transporte público, interligações viárias, etc.
Para Carpeggiani, este mesmo plano oferecerá subsídios para ações do Executivo, como decidir em quais locais deverão receber investimentos, medir ou alterar o fluxo em determinadas vias, alocar equipamentos de ordenação de trânsito entre outros. De forma sucinta, é o ponto de partida para a qualificação e ordenação do trânsito.
O vereador falou do convênio firmado entre Prefeitura Municipal e UCS para revisão do Plano Diretor Municipal, bem como a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana ajustado a realidade local. A elaboração do plano de mobilidade urbana é obrigatória para os municípios com mais de 20 mil habitantes e para os municípios integrantes de Aglomerações Urbanas ou Regiões Metropolitana e também àqueles que são classificados como de interesse turístico. Pelo projeto – que terá a duração de 14 meses – estarão envolvidos 20 professores das áreas de Arquitetura e Urbanismo, Economia, Direito, Engenharia, Meio Ambiente e Administração, integrando todas estas áreas de conhecimento para a consolidação e exequibilidade do plano.
Para o edil, outras ações serão necessárias para complementar esse projeto, como a criação da guarda municipal de trânsito. Conforme projeto já aprovado pelo Legislativo, cujo edital do concurso está em andamento, serão dezesseis agentes de trânsito que terão a função primordial de auxiliar a ordenação do nosso trânsito, bem como coibir vícios de motoristas e autuar infrações comprovadas. “Acredito que a Guarda de Trânsito também terá papel fundamental na conscientização de motoristas e população sobre o trânsito, bem como liberar a Brigada Militar desta atribuição, deixando-a livre para centrar esforços em garantir a segurança e proteção de nossa população”, destaca o vereador.
Carpeggiani apresentou rotas alternativas para o fluxo de veículos como é o caso do prolongamento da rua Borges de Medeiros, até a intersecção com a Avenida 25 de Julho, no acesso sul da cidade, bem como a rua Terezinha Mari Zorgi, ligação secundária à Via Vêneto. Obra que beneficiará também os moradores dos bairros Morada do Camping, Colina de Flores, São José e Nova Roma. Outro ponto abordado pelo vereador foi o sentido viário da rua Frei Eugênio e a rua Borges de Medeiros. “Acredito que para a implantação desta solução, deveria ser aguardado o diagnóstico apresentado pelo Plano de Mobilidade Urbana, para termos certeza se esta é a decisão a ser tomada, já que envolve um custo de adequação de sinalização na ordem de R$ 200 mil para tal modificação”, enfatiza Carpeggiani.
Fonte: Assessoria de Comunicação